Para que possas entender a linguagem é preciso que entendas, em primeiro lugar, o que é esta modalidade. Então, o crossfit baseia-se num treino de força e condição física geral, com base em movimentos funcionais variados e realizados em alta intensidade. Uma das peculiaridades do crossfit é que todos os seus treinos nunca são iguais, o que acaba por proporcionar aos atletas uma experiência desafiadora e motivadora.
Normalmente, os treinos são escritos num quadro que dá apoio à aula, em nomenclatura inglês, linguagem universal e está descrito por sigla. Por isso, caso pretendas iniciar a tua caminhada no crossfit, há umas quantas coisas que podes aprender.
Num treino de crossfit podes encontrar palavras e siglas como:
- WOD (Work Out of the Day) – que pode ser traduzido para “treino do dia”, este deve ser dos conceitos mais simples de explicar. De uma forma muito resumida, este é o conjunto de movimentos que o coach utiliza para descrever o treino e que te vão, provavelmente, deixar sem fôlego.
- AMRAP (As Many Repeats As Possible) – o maior número de repetições / rondas possível, isto é, tendo em conta um determinado período de tempo a maior parte das vezes 10, 20 ou 30 minutos do WOD (embora pareça muito bem, certo?), no final o atleta será desafiado a terá apontar quantas repetições foi capaz de fazer nesse tempo. Acredita que o maior desafio é não perder a conta no meio do cansaço.
- Metcon – esta é uma abreviação para Metabolic Condition ou condicionamento metabólico, e é, geralmente, no estilo de AMRAP, considerando a repetição de exercícios. Um bom exemplo é o benchmark WOD Cindy, que conta com 20 minutos de 5 barras, 10 flexões e 15 agachamentos.
- Thruster – é mais que correto dizer que estes exercícios são o terror de qualquer um. O thruster é uma combinação de agachamento com push press. Inicia o movimento em pé e com a barra à altura dos ombros, de seguida, executa um agachamento completo, mantendo a barra encostada à frente dos ombros. Com uma extensão das pernas, volta à posição de pé e levanta a barra sobre a cabeça. Baixa a barra e repete tudo, não custa nada!
- DU (Double Unders) – baseia-se num salto duplo de corda, isto é, a corda passa duas vezes por debaixo dos pés enquanto ainda estás no ar. Como alternativa a este exercício são os single unders, onde podes optar por fazer três saltos simples para cada double under.
- Pistols – o pistol é um agachamento de uma só perna, o que acaba por isolar cada perna e fortalecer a parte inferior do corpo.
- Snatch – o objetivo deste exercício é levantar a barra do chão para uma posição elevada acima da cabeça, num movimento rápido e descomplicado.
- Chipper – o chipper resume-se a uma série de exercícios (normalmente 5 ou 10) onde o atleta tenta atacá-los o mais rápido possível. Basicamente, todos os que praticam crossfit estão com o modo chipper ativado.
- Kipping – baseia-se na utilização de força explosiva, para que seja possível ganhar impulso ao executar pull-ups, hand stand push ups (flexões de braço) e dips. Por exemplo, os pull ups kipping são feitos sem soltar a barra. O movimento tem início na barra de pullup, através de um forte balanço de quadril, um pontapé poderoso e utilizando toda a força dos braços, de forma a que o queixo passe acima da barra.
- RX – quando um WOD é realizado na categoria de RX, isto significa que o atleta realiza todas as modalidades, tendo em conta o peso e as repetições prescritas. No crossfit, todos os WODs podem ser adaptados conforme o nível de condicionamento físico, contudo o objetivo é chegar ao nível RX, o que pode ser difícil, mas nunca impossível.
- Tabata – é um método de movimento e descanso associado a vários WODs. Por exemplo, faz um máximo de repetições de um movimento, durante 20 segundos. Depois, descansa por 10 segundos e repete tudo mais cinco vezes, num total de um determinado número de séries.
- PR (Personal Record) – quando ouvires “PR” significa que um atleta alcançou o seu recorde pessoal num levantamento.
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Não te esqueças de trazer para o treino força de vontade e deixar as desculpas lá fora!
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